
EXISTE ALGUÉM PARA MIM?
“Daria tudo que sei pela metade do que ignoro” (René Descartes 1596-1650)
Francisco era um rapaz considerado bonito e também inteligente, afável, o típico bom rapaz, que poderia ser um pretendente almejado por muita mãe para suas filhas, mas não conseguia nem um namoro firme.
Até que tudo começava bem , mas de repente, sem mais nem menos, a garota se desinteressava e se afastava dele, independente do que ele pudesse fazer, para remediar o que nem sabia que estava errado.
Com 28 anos, morria de vontade de casar e ter filhos, pois era bem empregado e ganhava bem , era doido para começar uma família como seus pais fizeram.
Era alto, boa-pinta como dizia sua mãe. Então, qual seria o problema?
Sabia que era metódico, com hábitos bem arraigados como levantar toda manhã e fazer atividade física. Gostava de andar de bicicleta, ainda mais agora com as ciclovias em que ele podia variar os caminhos, caiaque em um lago bem próximo à sua casa, musculação, caminhada. Conforme a manhã, fazia uma ou outra coisa, segundo o que lhe apetecesse. Bem talvez então não fosse tão metódico assim …
Mas claro, exercícios todas as manhãs, para começar o seu dia bem e energizado na empresa, era como pensava.
À noite gostava mesmo era de um sofá, com um livro ou filme na tv.
Descobriu que rendia mesmo era de dia e que essa história de que a noite é uma criança não servia para ele, mas mesmo assim se a namorada quisesse sair, jantar, encontrar com amigos ou ir a um cinema ele não se recusava, embora não fosse o que ele preferisse.
Então por quê?
Um belo dia, decidiu entrar em site de namoro pensando que talvez fosse mais fácil conhecer alguém novo, com afinidades. Mas para sua decepção, as garotas que se interessavam em conversar com ele, não passavam confiança, pareciam perfis inventados e ele cauteloso não marcava nada.
Naquela noite, foi em um pub no centro, para se animar um pouco e lá encontrou uma colega de colégio de infância. Ficaram muito felizes por terem se encontrado e se reconhecido, e uma enorme simpatia por ela, tomou conta dele.
Imediatamente, sua cabeça começou a martelar. Tento? Não tento?
– O que você acha?
– De que maneira ele poderia manter a namorada interessada?
– Se de repente não fosse ela a eleita, estragaria uma antiga amizade?
– O que ele fazia de errado afinal?
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