
FALÊNCIA
“Para conhecermos os amigos, é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça.
No sucesso verificamos a quantidade, na desgraça a qualidade” (Confúcio)
Alfredo, um empresário bem sucedido, sofre uma reviravolta nos negócios e da noite para o dia, perde tudo o que tem. Já havia visto acontecer ao longo de sua vida com um ou outro conhecido e recentemente com a situação econômica e financeira do país repleta de altos e baixos, considerou seriamente que o perigo poderia rondar, mas não houve como escapar. Falência! Sim, falência.
Experimentou várias saídas, como contratar um consultor, eliminar todas as atividades de risco, enxugar a empresa de forma drástica, mas nada dava resultado. Vendeu a casa, os carros, até o terreninho da praia que havia comprado para amparar o futuro dos filhos.
Acabaram-se as viagens de férias e as idas ao exterior com a mulher e amigos que se tornaram meras lembranças apenas. Quimeras.
Golpe muito difícil de digerir para toda a família, foi passar os filhos para escolas públicas, principalmente pela urgência e rapidez com que teve que ser feito. Baque para todos na família.
Quase dois anos se passaram, e Alfredo lutando bravamente para readquirir pelo menos estabilidade, já nem sonhava mais com o antigo status, foi perdendo as forças (http://www.empresassa.com.br/2011/03/empresas-em-falencia-e-possivel-dar.html).
A situação em casa estava melancólica, todos recolhidos em seus mundos privados, sem quererem trocar mais idéias com ninguém, e ele se sentindo cada vez mais isolado, sucumbiu à bebida! Começou a beber, inicialmente para se consolar um pouco, depois foi porque achava que assim se anestesiava. E todas as noites, ía dormir torcendo para que o amanhecer lhe trouxesse alguma esperança.
Nem ao menos considerava ao se “anestesiar” e se consolar com a bebida, o tamanho da dor da família que também havia perdido tudo junto com ele. Nem percebeu que os filhos não riam mais, que a mulher havia se fechado em sete conchas, que ele vivia arrasado.
Também não notou que estava apresentando um comportamento insuportável para a família, impaciente, irônico, debochado e provocador descontando nos seres amados toda a amargura da perda financeira.
A família pensava até onde aguentaria sem se partir, pois trincada já estava. Muitas mágoas se acumulando de todos os lados, entre o casal, dos filhos com os adultos e apesar de não perceber, Alfredo havia afastado até os amigos com comportamentos inadequados e incômodos.
-O que você diria para Alfredo?
-E para a família dele?
-Como ajudar Alfredo a superar essa situação?
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