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felicidade34

NAMORO X SOLIDÃO

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“Não acho nem a ponta do durex. Imagine o amor da minha vida” (Anônimo).

 

Lizete, solteira de meia idade, levava a vida o mais sabiamente possível apesar dos inúmeros tombos, obstáculos e pedregulhos que encontrara ao longo do caminho. Namorou bastante, ainda namora às vezes, só não se casou porque não encontrou alguém que a satisfizesse em seus ideais ou que tivesse no comportamento uma promessa de felicidade pelo menos. Como nunca foi ansiosa para casar, não viu o tempo passar e não notou que cada vez procurava menos. Diria mesmo que hoje em dia, só namorava quando valia muito a pena, porque era um bom rapaz, ou combinavam muito na escolha do lazer, mas mesmo assim durava pouco. E ela deixava passar sem dar muita importância.

Só não era mesmo ansiosa para casar, porque para todo o resto… era ansiosíssima! No trabalho por exemplo, tudo tinha que ser para ontem e muito bem feito. Em casa, tinha muita intolerância com a família (pais e dois irmãos também solteirões), pois conseguiam deixá-la bem impaciente. Será que com toda aquela idade não sabiam o que tinham que fazer?

Descobriu com o tempo, que era perfeccionista (www.ronaud.com). Ué, e  isso não era bom? Por que as pessoas a criticavam se por causa disso que chamavam de defeito, as coisas saíam dentro do programado e no melhor padrão de qualidade? Se por esse defeito, as viagens de férias da família eram bem aproveitadas?

Afinal, muitas pessoas dependiam dela, tanto no trabalho como em casa. Ela não tinha chance de relaxar ou deixar as coisas correrem ao bel prazer, sob risco de algo não ter bom resultado.

Mas com o tempo, foi refletindo que valeu a pena não ter encontrado alguém, porque começou a desconfiar lá no fundo que ela talvez não fosse boa companhia para pessoa alguma. Foi percebendo meio indecisa ainda, que por suas desconfianças e exigências não conseguiria manter um relacionamento por mais tempo do que duravam seus namoros, e que se deixava passar o fim deles talvez fosse porque inconscientemente ela estragava tudo, como fazia com as amizades por exemplo. Sabotagem mesmo.

Hoje aos quarenta anos, se questionava se não deveria suavizar seu jeito, porque do jeito que ía nem a família iria ficar com ela na velhice, e quem sabe antes até quando não precisassem mais dela!

-O que você acha do comportamento da Lizete?

-Acha que ela concluiu certo?

-Qual o futuro dela na tua opinião?

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PULGA ATRÁS DA ORELHA

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“O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteligência”(Julie de Lespinasse)

 

Tatiana e Pedro, formavam um casal que se dava muito bem, se entendia bastante e tinha poucas divergências. Ela muito trabalhadora com um emprego muito bom que ela adorava, com bons colegas e ambiente afável, chefe democrático e acessível, que até gostava de opiniões, sugestões e criatividade. O horário era fixo sem horas extras, o que era outra vantagem, pois permitia que chegasse em casa sempre por volta das 18:30hs e conseguia preparar o jantar para os dois. Gostava muito da rotina que ela tinha, e que apesar de ser rotina, não era nada entediante.

Pedro, profissional liberal, também gostava muito do que fazia pois tinha horário mais flexível do que a mulher. Quando Tatiana saía de manhã, já deixava o café pronto para ele, porque ele podia levantar mais tarde. Sempre dava um sorriso de satisfação ao chegar na cozinha, e ver a mesa prontinha com tudo que ele gostava. À noite também chegava mais tarde, variando o horário conforme os compromissos do dia.

Trajetória normal de um casal normal e feliz. Quando ele não se atrasava muito à noite, os dois ainda saíam para exercícios físicos, fosse caminhada, bicicleta ou vôlei com a vizinhança, pois a rua era sem movimento e eles então colocavam a rede o que já era um convite natural e todos que gostavam se aproximavam.

Tudo ia bem(A Essência das 5 Linguagens do Amor – Gary Chapman), até Tatiana detectar um cheiro diferente nas roupas do marido. Ela estava separando o que iria para a lavadeira sentiu e estranhou, ficou pensativa, cheirou de novo, e racionalizou que deveria ser de algum cliente que ele havia atendido, recebeu um abraço talvez, não deveria ser nada. Como o odor não aparecida em todas as peças, só em algumas, tentou forçar a memória para associar a alguma coisa conhecida, parecia mesmo cheiro de amaciante bem cheiroso impregnado.

Mas (nossa porque sempre tem um mas, não é mesmo?), já ficou com uma pulga atrás da orelha! Por causa disso, foi associando com o tempo, as roupas que cheirava com os dias que Pedro chegava mais feliz em casa.

Pronto! Pulga atrás da orelha mesmo! E minhocas na cabeça! Caramba! O que estava acontecendo? Será que poderia ser alguma coisa? Ou era a imaginação dela, que para ser sincera sempre fora bem rica? Entrou em processo de tortura mental. Como esclarecer? Precisava ter muito cuidado porque não queria ofender se fosse infundado. A melhor amiga (sempre tem as amigas) sugeriu que ela o seguisse. Ah, mas isso não seria muito digno, não é mesmo?

Depois de muito se debater, decidiu conversar com ele.

Naquele dia ele chegou, foi direto tomar uma ducha e desceu para jantar. Ficou feliz por vê-la esperando por ele e já contente por ter a companhia dela. Após o jantar, ameno como sempre, ela perguntou:

_ Quem você está vendo depois do trabalho? E por favor, não minta para mim.

Ele se espantou, se calou, baixou os olhos.

Ela por sua vez, ficou mais espantada ainda do que ele, porque esperava que ele negasse e risse da insegurança dela. Ficou ali, estática, paralisada mesmo por tanto tempo que só o viu de novo quando ele passou com uma maleta e saiu pela porta da frente.

-Achou complicado?

-O que você faria?

-Acha que essa situação tem solução para os dois?

 

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TRABALHO, DESEMPENHO E DEDICAÇÃO

Trabalho e Dedicação

“Para ser bem sucedido no trabalho, a primeira coisa a fazer é apaixonar-se por ele”(Mary Lauretta)

 

Pedro era um homem muito dedicado ao trabalho e que sempre procurava melhorar seu desempenho em busca de aprovação, elogio ou aceitação do chefe. Percebeu que não tinha se tornado só um workaholic, mas também um perfeccionista pois estava sempre em busca de melhorar o que já estava bom.

Mas para tristeza, decepção e desencanto cada vez maiores, aquelas palavrinhas encorajadoras que poderiam vir do chefe para o seu trabalho, não vinham. Nunca vinham.

Ele só queria fazer seu trabalho e ter reconhecimento de estar bem feito. Tentava se consolar, pensando que também não vinham reclamações sobre o seu desempenho e que isso era bom sinal, não era? Por outro lado ele pensava que faltando poucos anos para a aposentadoria e por ter passado todo aquele tempo na mesma empresa, subindo degrau por degrau merecidamente,  por ter se esmerado no seu desempenho, talvez, só talvez pudesse ter do chefe atual um pouco mais de resposta positiva. Não falava a respeito de salário porque a empresa tinha plano de cargos e salários então nada era surpresa nesta área. Falava de reconhecimento mesmo.

E os anos se passavam e nada! E ele iria se aposentar antes do chefe. Que pena! Se fosse diferente, ele teria uma chance de ter um outro mais humano, menos máquina, quem sabe. Os anteriores até que elogiavam, pouco mas elogiavam. Que saudade.

Um belo dia, parece que a ficha caiu. Mas o que ele estava fazendo? Em nome do que colocava nas mãos de outra pessoa a avaliação dele mesmo? Afinal, ele sabia do seu próprio valor ou não? Oras, se o chefe dele era seco que nem uva passa, talvez tivesse alguma causa para infelicidade, talvez em casa, ou problema familiar,  ou carência, o que importava? Problema dele, que continuasse secando, pois ele não iria mais seguir esse caminho não.

Decidiu que dali para a frente, faria o seu melhor sim, mas só no horário mesmo de trabalho, nunca mais daria horas de trabalho após seu horário, para que pilhas não se acumulassem na mesa, e quem sabe o chefe-passa não reparasse no trabalho se atrasando (ele tinha consciência de que trabalhava por pelo menos três pessoas), mas se por acaso percebesse e chamasse a atenção, ele seria franco e diria que havia falta de  mais funcionários. Claro, só se houvesse interesse dele em saber.

 

– Tem algum recado para o Pedro?

– Conhece alguém que já tenha passado por situação semelhante?

– Quer contar sua história?

 

Mandela disse que a coragem não é ausência do medo, mas o triunfo sobre ele"

VOCÊ TEM MEDO? TERROR NOTURNO?

Mandela disse que a coragem não é ausência do medo, mas o triunfo sobre ele"

“A felicidade é a única coisa que podemos dar, sem possuir” (Voltaire)

 

Já se deram conta de como o medo pode atrapalhar a vida de uma pessoa?

Vanda era uma garota cheia de vida, risonha, suave, tinha muitos estudos e muitos colegas e vivia seus dias com normalidade. Mas, quando chegava a noite, ía ficando apreensiva cada vez mais até que  era tomada por uma forte sensação de medo, ficava aterrorizada, a ponto de nem conseguir dormir. Só o fazia quando a exaustão a vencia.

Deixava a luz acesa, música suave no ambiente, fazia ou tentava fazer relaxamento (tinham dito pra ela que isso surtia efeito), fiscalizava centenas de vezes as portas e janelas conferindo se estavam bem trancadas, mas nada dava o sossego que precisava para dormir e descansar. Tremia toda de puro terror.

Aliás, descansar era impossível mesmo, e acordava cansada invariavelmente todos os dias pelo medo enorme que sentia todas as noites durante quase a noite toda.

Chegava a pensar que a noite não deveria existir, não conseguia aprender a lidar com isso. Frequentou grupos de autoajuda, grupos de orações, terapias as mais diversas e … nada! Lá estava o medo assombrando a cabeça dela.

Às vezes, escutava barulho de passos e achava que era um espírito que vinha atormentá-la, mas aí forçava o pensamento e o raciocínio. E como alma do outro mundo iria fazer barulho de passos?!? Que tola! Ah, mas então era assaltante? Procurava prestar bastante  atenção e não ouvia mais barulho algum.

Medo do que afinal? Era o que perguntavam as pessoas. Quando ela se decidia a contar, e ela mais do que depressa pedia para não rirem dela, pois o que tinha era  muito medo de assombração, mas também se amedrontava com a possibilidade de um bandido entrar na casa dela, coisa que lhe vinha à cabeça e a paralisava cada vez que escutava um barulho.

E mais uma noite acabou, ufa!

Só ficava feliz de novo com o raiar do dia.

-Pobre Vanda!
-Como ajudá-la?
-Você tem alguma sugestão?
-O que você faria no lugar dela?
-Conhece alguém com os mesmos problemas?

"Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda"(Sigmund Freud)

STRESS E RELACIONAMENTO

"Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda"(Sigmund Freud)

“Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda”(Sigmund Freud)

 

Vladimir vivia sua vida muito bem. Tinha um relacionamento com uma garota por quem era apaixonado e que era a responsável pelos momentos de alegria, porque ela era muito alto astral. Mas ele, ah ele era um poço de stress. Qualquer coisa que não saísse, ou andasse do jeito imaginado, já ficava carrancudo e sem perceber era desajeitado e grosseiro mesmo com a noiva que até relevava na maior parte das vezes, mas quando ele exagerava ela murchava e só então ele se dava conta de que alguma coisa havia acontecido.

Aí procurava compensar cumulando-a de carinho e atenção, e a noiva relevava mais uma vez, e outra e outra. Ela sempre pensava consigo mesma, que não tinha que ficar valorizando esse defeito dele, era só deixar passar.Procurava não instigar, perguntar, vencia a curiosidade de querer saber para que ele não piorasse  o humor.

Um dia, ele se deu conta de que se continuasse assim, ficando azedo por qualquer coisa, poderia perdê-la porque afinal, ninguém tem paciência infindável. Mas ele realmente não se dava conta de quando seu humor mudava. Como fazer?

Ela iria perceber mais cedo ou mais tarde que esse jeito de reagir poderia ser cansativo, era o que ele pensava quando conseguia se por no lugar dela. Confessava a si mesmo que se fosse o contrário, ela externando stress por qualquer coisa como ele fazia, ele não suportaria.

Percebia que às vezes saía para trabalhar com um humor e já voltava com outro, e a coitada da noiva que se encontrava com ele após o trabalho se espantava de encontrar um homem diferente do que deixara ao se despedir.

Às vezes ele notava a reação dela, às vezes não.

Ai que medo de perdê-la!

O que você acha que Vladimir pode fazer para melhorar a situação?

Como ele pode debelar tanto stress? Já havia mudado de trabalho várias vezes, achando que em um trabalho em que fosse mais feliz, isso não aconteceria! Ledo engano, sempre reagia assim ao menor sinal de não atingir as metas que pretendia.

-Como salvar seu relacionamento e reagir melhor às situações adversas?

-Você consegue ajudá-lo?

-O que você faria no lugar dele, para melhorar?

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NAMORO NA VIZINHANÇA – PODE OU NÃO?

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“Lamentar aquilo que não temos é desperdiçar aquilo que já possuímos!” (Provérbio Chinês)

 

Júlia saía de casa todo dia no mesmo horário para pegar o ônibus para o trabalho. Como o caminho era sempre o mesmo, sabia direitinho quem morava aonde pela vizinhança, quantas pessoas em cada casa, e também qual era o sobrado daquele cara lindo de morrer, que morava sozinho (pelo menos nunca viu mais ninguém ali). Para não ficar pensando nele como”aquele cara”, batizou o vizinho de Zé.

Ele era a motivação diária dela para não se atrasar. Sempre que passava na frente da casa dele, ele estava saindo e quase se encontravam. Era só essa olhadinha que ela dava pra ele, porque ele ía em outra direção.

Naquele dia, os céus estavam conspirando…ele veio na mesma direção que ela, e ao passar por ela o que a surpreendeu, cumprimentou com um bom dia radiante! E mais surpresa! Parou no mesmo ponto de ônibus que ela. Começaram a conversar, e sem nem saber quem puxou papo, em um instante estavam conversando como  se fossem amigos de longa data. Descobriu que o nome dele era Bruno, que tinha 28 anos, que era engenheiro formado há pouco tempo, que trabalhava em uma multinacional, que era solteiro, e que o carro dele estava na revisão!Ufa!

Ele também tirou as informações dela. Ficou sabendo que ela era administradora, que trabalhava em uma empresa pequena em crescimento ainda, que era bem valorizada na empresa, que gostava dos colegas e do chefe, que tinha 26 anos e era solteira.

Chegou no trabalho em estado de graça. Sentia-se a cinderela. Ridículo. Ela estava dando muitas asas à imaginação, repreendeu-se. Além do mais, o que queria já havia acontecido. Tinham se apresentado e ela não era mais invisível. Só até aí. Mesmo porque tinha sido bem avisada pela mãe, que não se pode namorar no trabalho, na vizinhança, na mesma escola, e o motivo era bem simples! Se não desse certo e as pessoas envolvidas não tivessem um comportamento elegante no término, a vida ali, naquele local, estaria comprometida.

Mas o Bruno era lindo, inteligente, simpático, perfeito oras. Será que não daria certo só desta vez? Se perceber com certeza que ele também está interessado, poderia se dar ao luxo de  tentar?

-O que você acha?

-Júlia pode arriscar?

-E se acontecer o pior, como fica?

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FALÊNCIA

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“Para conhecermos os amigos, é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça.
No sucesso verificamos a quantidade, na desgraça a qualidade” (Confúcio)

 

Alfredo, um empresário bem sucedido, sofre uma reviravolta nos negócios e da noite para o dia, perde tudo o que tem. Já havia visto acontecer ao longo de sua vida com um ou outro conhecido e recentemente com a situação econômica e financeira do país repleta de altos e baixos, considerou seriamente que o perigo poderia rondar, mas não houve como escapar. Falência! Sim, falência.

Experimentou várias saídas, como contratar um consultor, eliminar todas as atividades de risco, enxugar a empresa de forma drástica, mas nada dava resultado. Vendeu a casa, os carros, até o terreninho da praia que havia comprado para amparar o futuro dos filhos.

Acabaram-se as viagens de férias e as idas ao exterior com a mulher e amigos que se  tornaram meras lembranças apenas. Quimeras.

Golpe muito difícil de digerir para toda a família, foi passar os filhos para escolas públicas, principalmente pela urgência e rapidez com que teve que ser feito. Baque para todos na família.

Quase dois anos se passaram, e Alfredo lutando bravamente para readquirir pelo menos estabilidade, já nem sonhava mais com o antigo status, foi perdendo as forças (http://www.empresassa.com.br/2011/03/empresas-em-falencia-e-possivel-dar.html).

A situação em casa  estava melancólica, todos recolhidos em seus mundos privados, sem quererem trocar mais idéias com ninguém, e ele se sentindo cada vez mais isolado, sucumbiu à bebida! Começou a beber, inicialmente para se consolar um pouco, depois foi porque achava que assim se anestesiava. E todas as noites, ía dormir torcendo para que o amanhecer lhe trouxesse alguma esperança.

Nem ao menos considerava ao se “anestesiar” e se consolar com a bebida, o tamanho da dor da família que também havia perdido tudo junto com ele. Nem percebeu que os filhos não riam mais, que a mulher havia se fechado em sete conchas, que ele vivia arrasado.

Também não notou que estava apresentando um comportamento insuportável para  a família, impaciente, irônico, debochado e provocador descontando nos seres amados toda a amargura da perda financeira.

A família pensava até onde aguentaria sem se partir, pois trincada já estava. Muitas mágoas se acumulando de todos os lados, entre o casal, dos filhos com os adultos e apesar de não perceber, Alfredo havia afastado até os amigos com comportamentos inadequados e incômodos.

-O que você diria para Alfredo?

-E para a família dele?

-Como ajudar Alfredo a superar essa situação?

Adotada

MELISSA

 

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“O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete” (Aristóteles 384 a.C. a 322 a.C.)

Melissa é adotada, mas só descobriu quando a mãe faleceu, aos 17 anos dela. Sem nem ao menos entender o por quê nem parar pra pensar, revoltou-se ao saber, ficou furiosa, se sentiu traída e enganada.
Muito confusa, pensou que por isso talvez fosse filha única. Mas qual o motivo então dos pais não terem adotado mais filhos? Eram bem de vida, abonados mesmo. Mais triste então ficou, pois vários pensamentos lhe acometiam, sem que ela conseguisse organizar ou clarear as idéias.

A família se justificou ao ser questionada, que ninguém contou nada pelo próprio bem dela, para a sua proteção, pois o que não faltava eram pessoas interesseiras ou aproveitadoras, que não conseguiam partilhar a felicidade com os outros.
Esconderam de todos de todas as maneiras, por medo de que alguém por maldade, a fizesse se sentir perturbada, embaraçada ou mesmo envergonhada por qualquer motivo que fosse.

Também explicaram que não havia mais crianças, porque os pais já com idade, tinham receio de deixar os filhos sem pais novamente, crianças que já haviam sido abandonadas uma vez. Já pensou?  Seria justo fazer com que se sentissem abandonadas de novo? pois para uma criança a morte significa abandono, e muitas vezes ela se sente derrotada, fracassada e culpada por não ter mantido os pais desta vez!

Mas agora, Melissa já crescida, e apesar de ter perdido a mãe,  poderia assimilar a informação de maneira real, lhe diziam. Foi adotada e amada tanto ou mais que um filho natural.

Mas ela ainda inconformada tinha muitas perguntas. Como a encontraram para adotar? Quem eram os pais biológicos e porque não a quiseram? Ela tinha um temperamento forte e teimoso, por acaso seria por isso? Por ter sido abandonada? Por se sentir rejeitada? Ou seria carga genética, porque os pais ou um deles tinha esse mesmo temperamento?

O pai dela, com a maior paciência, conversou com ela mostrando que nada disso importava mais. O que mais importava era que ela tinha sido muito amada sempre e que ele não tinha essas respostas para dar a ela, pois o abrigo que a acolhera não tinha nenhuma informação para fornecer.

Que parte do temperamento dela vinha da criação dada e com certeza eles, seus pais do coração, haviam-na mimado em excesso e em consequência disso ela ficou voluntariosa e mimada. Que eles tinham agora que se esforçar para melhorar o jeito dela com a vida. Que ele estava ali para ajudá-la, ampará-la e sempre estar ao seu lado, enquanto ela precisasse.

Mesmo assim, Melissa sentia a cabeça ferver como se enigmas sem fim dançassem dentro dela.

 

Consegue se colocar no lugar de Melissa?

Acha que Melissa tem motivos para reagir dessa maneira?

Consegue ter uma ideia para consolá-la?

 

– Como traduzir a confusão dos pensamentos dela?

 

– Qual reação você teria?

 

– O que você responderia para ela?

 

Trabalho e Dedicação

EXISTE ALGUÉM PARA MIM?

 

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“Daria tudo que sei pela metade do que ignoro” (René Descartes 1596-1650)

Francisco era um rapaz considerado bonito e também inteligente, afável, o típico bom rapaz, que poderia ser um pretendente almejado por muita mãe para suas filhas, mas não conseguia nem um namoro firme.
Até que tudo começava bem , mas de repente, sem mais nem menos, a garota se desinteressava e se afastava dele, independente do que ele pudesse fazer, para remediar o que nem sabia que estava errado.

Com 28 anos, morria de vontade de casar e ter filhos, pois era bem empregado e  ganhava bem , era doido para começar uma família como seus pais fizeram.
Era alto, boa-pinta como dizia sua mãe. Então, qual seria o problema?
Sabia que era metódico, com hábitos bem arraigados como levantar toda manhã e fazer atividade física. Gostava de andar de bicicleta, ainda mais agora com as ciclovias em que ele podia variar os caminhos, caiaque em um lago bem próximo à sua casa, musculação, caminhada. Conforme a manhã, fazia uma ou outra coisa, segundo o que lhe apetecesse. Bem talvez então não fosse tão metódico assim …
Mas claro, exercícios todas as manhãs, para começar o seu dia bem e energizado  na empresa, era como pensava.

À noite gostava mesmo era de um sofá, com um livro ou filme na tv.
Descobriu que rendia mesmo era de dia e que essa história de que a noite é uma criança não servia para ele, mas mesmo assim se a namorada quisesse sair, jantar, encontrar com amigos ou ir a um  cinema ele não se recusava, embora não fosse o que ele preferisse.

Então por quê?

Um belo dia, decidiu entrar em site de namoro pensando que talvez fosse mais fácil conhecer alguém novo, com afinidades. Mas para sua decepção, as garotas que se interessavam em conversar com ele, não passavam confiança, pareciam perfis inventados e ele cauteloso não marcava nada.

Naquela noite, foi em um pub no centro, para se animar um pouco e lá encontrou uma colega de colégio de infância. Ficaram muito felizes por terem se encontrado e se reconhecido, e uma enorme simpatia por ela, tomou conta dele.

Imediatamente, sua cabeça começou a martelar. Tento? Não tento?

 

– O que você acha?

 

– De que maneira ele poderia manter a namorada interessada?

 

– Se de repente não fosse ela a eleita, estragaria uma antiga amizade?

 

– O que ele fazia de errado afinal?

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